Os produtos das abelhas
Mel
Entende-se por mel o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores e de secreções de partes vivas de certas plantas ou de secreções de insetos sugadores de plantas, que vivem sobre algumas espécies vegetais e que as abelhas recolhem, transtormam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam rnaturar nos favos da colmeia (definição MERCOSUL - 1993).
É o melhor e mais antigo edulcorante (adoçante) para uso familiar e industrial com mercado sempre garantido. O SABOR, o AROMA, a COR e a DENSIDADE do mel variam de acordo com as flores das plantas que forneceram o néctar, classificando-o em diversos tipos pela sua origem botânica.
Cada espécie de planta enriquece o néctar com suas qualidades e características. Para o homem, o mel é o adoçante natural mais rico em componentes nutritivos e terapêuticos. O mel também é conhecidos pelo seu valor energético, estimulador, digestivo e reconstituinte do organismo. O mel é um carbohidratado (energético) que possui dois açúcares: glicose e frutose além de sais minerais que são absorvidos no sangue sem prévia digestão, sendo então fonte rápida de energia. Terapeuticamente o mel é bom para aliviar problemas nas vias respiratórias (gripes, tosse, bronquites, etc.), além de ser um excelente tratamento para aliviar a dor de queimaduras e um colírio para vista cansada.
O mel fluido e o mel cristalizado não possuem diferenças essenciais. Conservam a mesma natureza, tanto em estado liquido como em estado sólido, açucarado ou granulado. A granulação consiste na separação da glicose (forma sólida). É, pois, um processo natural que não prejudica o mel. Para fazer o mel voltar ao estado natural (líquido), basta aquecê-la sem tampa, em "banho-maria" com fogo brando (aproximadamente 50ºC ).
Composição do mel
Componentes | Variação |
Água (%) | 13,4-22,9 |
Frutose(%) | 27,3-44,3 |
Glicose (%) | 22,0-40,8 |
Sacarose (%) | 0,25-7,6 |
Maltose (%) | 2,7-16,0 |
Açúcares totais (%) | 0,13-8,5 |
Outros (%) | 0,0-13,2 |
pH | 3,4-6,10 |
Acidez livre (meq/kg) | 6,8-47,2 |
Lactona (meq/kg) | 0,00-18,7 |
Acidez total (meq/kg) | 8,7-59,5 |
Lactona/Acidez livre | 0,00-1,0 |
Cinzas (%) | 0,020-1,03 |
Nitrogénio (%) | 0,00-0,13 |
Diastase | 2,1-61,2 |
A variações são defidas as mudanças de florada, região, época de colheita, etc.
Curiosidade
Para elaborar um quilo de mel, com
flores a 500 metros das colmeias, as abelhas percorrem uma distância
igual a uma volta ao redor da terra.
Encontram-se no mel os seguintes minerais: cálcio, enxofre, ferro, cobre, cloro, sódio,
fósforo e magnésio.
Umidade do mel
A presença de umidade no mel
é normal. No entanto, no mel também existem levedos que podem
iniciar o processo de fermentação, desde que existam condições
favoráveis (ar e umidade alta).
A umidade ideal no mel varia de
16,8 à 17%, o que permitirá que este possa ser guardado por
muitos meses sem perigo de fermentar.
Acima de 21% de umidade, o mel fica
sujeito a fermentação em curto espaço de tempo, não
é aceito na comercialização, ou somente com grande
desconto no preço, já que, vai depender de desumidificação
com perda de peso. A umidade alta no mel não depende
unicamente de favos operculados ou maduros mas também das condições
geográficas do clima (umidade do ar) e do néctar, de acordo
com a sua origem botânica, e até da própria linhagem
das abelhas. Em regiões com
elevada umidade do ar, o mel é igualmente afetado com uma umidade
maior. O mel é higroscópico, isto é, ele tem grande afinidade pelo vapor d'água.
Para corrigir esta característica
do mel, o apicultor deve adotar os seguintes procedimentos:
1 - Antes de centrifugar os favos,
em caso de existência de favos ainda não totalmente operculados
ou mesmo maduros, recomenda-se manter os favos numa sala ou câmara,
com circulação de ar quente à 35ºC, durante 24
horas, afim de reduzir substancialmente o teor de umidade final;
2 - Abrir a tampa do tambor ou lata
e aquecer em "banho-maria" a uma temperatura de 40 à 45ºC
durante umas 12 horas, mexendo o mel vez ou outra, para ajudar a evaporação
da água;
3 - Usar um desumidificador industrial.
Centrifugar e processar o mel, sempre em dias secos com baixa umidade;
4 - Colher sempre que possível,
favos completamente operculados.
Para conhecer e controlar a umidade
do seu mel, o apicultor, deve dispor de um refratômetro de bolso
ou de mesa, instrumento destinado à medir o teor de umidade no mel.
Geleia real
É um produto natural secretado pelas glândulas hipofaringeanas das abelhas jovens (com 3 a 12 dias de vida). Não há na natureza outro alimento tão rico e poderoso como a geléia real.
Há em sua composição proteínas, carbohidratos, vitaminas, hormônios, enzimas, substâncias minerais, fatores vitais específicos e substâncias biocatalizadoras nos processos de regeneração de células.
Como conservar a geleia real:
Quando pura, guardar na geladeira
em frasco escuro bem fechado. Quando misturada com mel pode ser
guardada em ambiente normal, sem colocar na geladeira.
Fatores que prejudicam a conservação
da geleia real são: luz, calor excessivo, ar e processamento inadequado. O ar provoca oxidação
da geleia real. A melhor técnica para conservação
é a liofilização ou sua transformação
em pó.
Produção de geleia real
A produção de geleia
real é lucrativa, mas depende de conhecimentos especiais e muita experiência apícola.
Deve-se utilizar o mesmo procedimento técnico empregado
para a criação natural ou artificial de rainhas, com a diferença
de que o apicultor não permite o desenvolvimento das larvas acima
de 72 horas, interrompendo a fase de crescimento das mesmas, sacrificando-as
para coletar a geleia real (depositada na realeira pelas abelhas
para alimentação da larva).
Para produzir geleia real pode-se orfanar
(remover a rainha) ou não a colmeia para induzir as abelhas operárias a criarem uma nova rainha. Isso acontece através da: 1) seleção de uma larva
de um dia de vida; 2)
transformação da célula
comum para nascimento de uma abelha operária, em realeira, para
proporcionar o espaço maior para o crescimento e nascimento de uma
abelha rainha de maior porte e 3)
alimentação da larva
escolhida com geléia real.
São recxomendados os seguintes métodos para produção de geleia real: 01 - PUXADA NATURAL;
02 - COLMEIA PRODUTORA ÓRFÃ;
03 - COLMEIA PRODUTORA COM RAINHA e
04 - COLMEIA DUPLA COM DUAS RAINHAS.
Puxada natural
Para atender a necessidade familiar
do apicultor ou a disponibilidade de geleia realpara a primeira transferência
de larvas numa produção comercial, o método baseia-se
no aproveitamento das realeiras puxadas voluntariamente pelas abelhas de
uma colônia órfã ou quando da intensão natural
de enxamear, retirando a larva e coletando a geléia real existente
nas tais realeiras.
Quando o apicultor não pode
esperar pela decisão voluntária das abelhas, de criar uma
nova rainha, pode-se incentivar e forçá-Ias a motivação
para alimentar algumas larvas de operárias e modificar a célula-comum
em realeira.
Na produção comercial
de geleia real as realeiras naturais puxadas pelas abelhas são substituídas
por cúpulas feitas de cera ou então de plástico, que
são as mais utilizadas e disponíveis no mercado brasileiro.
Como fazer:
1 - Examine as colmeias mais populosas que mostram sinais de enxameação próxima, para localizar e tirar a geléia real das eventuais realeiras em formação.
2 - Ou então orfane uma boa colônia de abelhas, retirando a sua rainha e mantendo-a aprisionada e guardada em outra colmeia para posterior devolução (depois de três a quatro dias) à sua colônia. Mantê-la aprisionada numa gaiola do tipo "Burgho" facilita a sua alimentação pelas abelhas.
3 - A colmeia orfanada deve conter favos com ovos ou, de preferência, larvas bem novas para viabilizar a criação de novas rainhas e a consequente produção da geleia real.
4 - Depois de três a quatro dias
de orfandade da colmeia, fazer uma revisão para coletar a geleia real
encontrada nas realeiras em desenvolvimento.
Após coletada, alimentar a colônia
e devolver-lhe a rainha.Neste método natural, a produção
de geleia real fica dependente do número de realeiras produzidas
por colmeia, que em média é de duas a quatro, resultando
em torno de uma a duas gramas de geleia real por colmeia.
A retirada ou coleta da geléia real das realeiras naturais ou cúpulas artificiais é processada a cada três dias ou 72 horas, a partir da orfanação da colmeia ou enxertia das larvas.
Breve resumo: O ciclo de produção de geleia real é de três dias ou 72 horas. De preferência a cada 60-65 horas para se obter uma geleia real de melhor qualidade. O número de varetas com cúpulas (produção tecnificada) por colmeias e de uma a duas. O número de cúpulas por vareta é de 20 a 30. A produção geleia real, nessas condições, varia de 4 a 8 gramas por colmeia por ciclo de coleta. A produção por cúpula é de cerca de 0,250 grama. A produção média por colmeia por ano é de 200 gramas.
Roteiro para produção de geleia real
Cronograma produtivo
Dia | Sequencia dos trabalhos |
01 |
1 - Montar a colmeia produtora de geléia
real. 2 - Orfanar uma colmeia para abter geleia real. 3 - Alimentar as duas colmeias. |
|
1 - Pela manhã, fazer as cúpulas. 2 - A tarde, coletar geléia real. 3 - Colocar geléia real nas cúpulas. 4- Fazer a transferência de larvas para as cúpulas. 5 - Levar e introduzir as cúpulas com larvas na c/produtora. 6 - Alimentar a colmeia produtora. |
07 |
1 - Pela manhã, produzir as cúpulas. 2 - A tarde, coletar a geléia real da produtora. 3 - Colocar geléia real nas cúpulas. 4 - Fazer a transferência de larvas. 5 - Introduzir as cúpulas com larvas na c/produtora. 6 - Alimentar a colmeia produtora. |
10 |
1 - Pela manhã, fazer cúpulas. 2 - A tarde coletar geléia real da c/produtora. 3 - Trocar os quadros vazios da câmara de cúpulas com quadros de cria nascente (operculados) do ninho. 4- Colocar geléia real nas cúpulas. 5 - Fazer a transferência de larvas para as cúpulas. 6 - Introduzir as cúpulas com larvas na c/produtora. 7 - Alimentar a colmeia produtora. |
Continuar neste esquema sucessivamente |
Própolis
O nome própolis tem sua origem
no prefixo grego PRO, que significa "antes ou em prol", e o sufixo
POLIS, que quer dizer "cidade" ou "povoado".
A própolis é uma resina
vegetal que as abelhas coletam de certas plantas, principalmente das coníferas
ou de espécies onde o produto é encontrado na casca, em forma
resinosa; em outras, a própolis é encontrada nas gemas prestes
a florescer, a exemplo do que acontece no pessegueiro, na ameixeira, etc.
Há casos em que as abelhas encontram
a própolis nas folhas verdes.
As abelhas coletam esse material com
suas mandíbulas, raspando e a tornando o material maleável. Elas manipulam o material coletado com suas patas e o fixam em suas
corbículas (presentes nas duas patas posteriores) como fazem com o pólen.
Na colmeia a própolis serve como:
- Material de construção.
- Para cobrir inimigos invasores, mortos pelas próprias abelhas, e que não podem ser retirados.
- Para fechar frestas e reduzir o alvado durante o frio ou defesa contra os inimigos
- Para isolar tudo o que as abelhas não gostam e possa vir a comprometer a sobrevivência da colônia.
- Para desinfetar a colmeia, eliminar fungos, etc., em favor da saúde das abelhas.
Na medicina tradicional, a própolis é usada no tratamento de:
- Tumores malígnos.
- Bronquites.
- Eczemas agudas e crônicas.
- Feridas diversas, purulentas e também calosidades.
- Infecções micóticas dos pés, principalmente dos dedos.
- Afecções micóticas na pele.
- Inflamação da garganta.
- Inflamação dos brânquias, da laringe e da mucosa nasal.
- Indicada na cura de aftas e de gengivites.
A partir do extrato de própolis,
pode-se elaborar um grande número de produtos, entre eles a
tintura de própolis, xaropes, balas, pomadas, unguentos, sabonetes e
mel com própolis.Instrumentos musicais de madeira, como violas, violões e violinos, muitas vezes recebem uma camada de própolis para realçar a granulometria da madeira. A própolis também entra na composição de alguns vernizes.
Coleta da própolis
Para obter própolis das colmeias
os principais métodos são os seguintes:
1º) Ao abrir a colmeia, nota-se
de imediato a presença da própolis, que é usada pelas
abelhas para grudar ou colar a tampa e nos demais componentes da colmeia.
Neste momento já é possível
raspar a própolis da tampa, quadros, etc., durante a revisão.
O apicultor
sempre deve levar um saco plástico para coletar e transportar a
própolis.
2º) Colocação,
entre o último componente da colmeia (ninho ou melgueira) e a tampa,
de uma tela plástica, igual aquelas usadas contra mosquitos. Este pode proporcionar uma
produção maior e de primeira qualidade. Dentro de algumas semanas, as abelhas,
não conseguindo remover a tela, irão fechar os furinhos com
própolis. Entre dois ou três meses, conforme a época,
o apicultor verifica e recolhe a tela e se estiver impregnada de própolis,
coloca-a no freezer por 24 horas para ficar quebradiça e facilitar
a sua remoção, por fricção. A colocação da tela deve
ser no outono, depois da última safra, conseguindo-se obter de 50
à 75 gramas por tela em aproximadamente 60 dias, mas tudo depende
das abelhas e da região.
Observações
- Nunca colocar as telas na colmeia em períodos de produção de mel para evitar o excesso de mistura de cera com a própolis.
- Melhor colocar no outono, deixando na colmeia durante o inverno para retirá-la na primavera por ocasião da primeira revisão.
- As telas impressas (pretas) são as melhores, pois duram mais, embora dificultam a retirada da própolis.
- As telas de tecido são mais flexíveis
e facilitam a retirada da própolis, mas duram menos.
Um método bastante usado e que
produz própolis em escamas, de primeira qualidade, é a colocação
de pequenos calços (ou sarrafos) de 15mm nas quatro extremidades
ou cantos da colmeia, entre o ninho e a tampa. Modelos mais sofisticadso que usam essa técnica são chamados de quadro coletores de própolis.
Constituição da própolis
As análises laboratoriais revelam
que a própolis consiste de:
Resinas e bálsamos: 55%
Cera: 30%
Óleos voláteis: 10%
Pólen: 0,5%
Os números podem variar de acordo com a região geográfica e flora existente.
Recomendações:
- Guardar a própolis em sacos plásticos e manter na geladeira ou freezer até o seu processamento para evitar proliferação de predadores.
- A própolis ainda muito pegajosa (mole) precisa ser deixada ao tempo para maturar (endurecer) e somente depois guardada.
- A própolis, coletada das partes
superiores da colmeia é de melhor qualidade, do que a raspada no
alvado (tem menos impurezas).
Solução ou tintura de própolis (1)
Fórmula e dosagem
A própolis na forma de resina
pode ser dissolvida em solventes como: álcool etílico
94 GL, ou em glicolpropileno. Mistura-se a própolis em um
dos solventes acima, numa concentração de até 35%.
Exemplo:
Própolis moída e livre
de impurezas (resina) 350g. Álcool etilico ou glicolpropileno até
completar um litro.
Colocar esta mistura em recipiente
fechado de 30 a 40 dias em temperatura ambiente.
Durante este período, agitar
a mistura diariamente por cerca de dez minutos.
Após esse período, colocar o produto em refrigeração por 24 horas
e filtrar em algodão (duas vezes) ou papel filtro três a quatro
vezes.
Observações:
O filtrado deverá ser escuro
e livre de sujeiras. É estável, mas tem que
ser guardado em frasco escuro e hermeticamente fechado. O filtrado é
também chamado de "Extrato de Própolis". Pode ser usado misturado ao mel na
proporção de 2,0mL do extrato para 100 gramas
de mel (2%), ou em preparados terapêuticos e cosmetológicos.
30 a 40 gotas de extrato em 1/3 de
copo com água duas vezes ao dia é recomendado no tratamento
de resfriados.
Como usar:
(Em forma de tintura ou extrato)
Adultos: 30-40 gotas com um
pouco de água (1/3 de copo) até duas vezes ao dia.
Crianças: 05-10 gotas dissolvido
em água 1/4 de copo.
(Em forma de mel com 5% de própolis: 100g de mel: 5mL de própolis)
Uma colher de chá, duas a três
vezes ao dia; crianças a metade. Externamente: passar ou pingar
sobre o local afetado a tintura pura uma a três vezes ao dia.
Pólen
Biologicamente, é o gameta masculino da flor que ao fecundar um óvulo origina as sementes, garantindo a reprodução sexuada da planta.
O pólen é formado por minúsculos grãos
localizados nas anteras dos estames da flor. É lá que ele é coletado pelas
abelhas campeiras e levado para a colmeia para utilização
no preparo do alimento das larvas jovens. O pólen é riquíssimo em proteínas, possuíndo ainda minerais como; potássio,
fósforo, enxofre, cobre, ferro, cloro, magnésio, silício
e vitaminas do complexo B, C, D e E. Em termos de composição química,o pólen é semelhante à geleia real.
Os minúsculos grãos de
pólen variam de forma, tamanho e cor entre as espécies vegetais
e, por isso, na prática, servem para identificar a planta e a origem
do mel. Pela identificação do pólen encontrado no mel é possível se identificar a florada predominante e o local de produção do mel. Esse é o campo de estudo da melissopalinologia. O estudo do pólen na planta chama-se palinologia.
Coleta ou produção de pólen
Pode ser coletado diretamente nas flores
e das patas traseiras das abelhas em forma de bolotas, o que é recomendado.
Para retirar o pólen das patas utiliza-se o coletor de pólen,
que consiste em duas partes:
1 - uma tela plástica ou chapa
de madeira ou arame com furos de 4,5 a 5mm, que tem a finalidade de raspar
as bolotas de pólen das duas patas traseiras das abelhas quando
estas passam pelos furos para entrar na colmeia.
2 - Uma bandeja coletora de tela para
evitar o saque do pólen pelas abelhas e pelas formigas. Estes coletores
podem ser comprados nas lojas de apicultura ou construídos em casa,
a partir de um modelo.
Apitoxina (veneno da abelha)
O veneno das abelhas é formado por várias substâncias biológicas, principalmente proteínas. O veneno pode ser usado no tratamento de reumatismo ou artrite, transtornos circuiatórios e muitas outras ações já confirmadas, desde que as pessoas não sejam alergicas ao venono. A extração do veneno é uma atividade tecnificada e que pode proporcionar uma excelente fonte de renda complementar para o apicultor. Como o veneno não tem venda direta ao consumidor, antes de investir na compra de coletores entre outros materiais, deve se conseguir um comprador certo (laboratórios, etc.), para o produto. Muitas pessoas são alérgicas ao veneno, por isso é necessário ter cuidado e consultar um médico antes.
Cera de abelhas
É uma substância secretada pelas abelhas operárias, quando têm entre 14-18 dias de vida adulta, através de quatro pares de glândulas gordurosas ou cerígenas, localizadas na parte inferior do abdômen.
Para as abelhas a principal utilidade da cera é a construção dos favos.
A cera de abelha é composta por diversas substâncias, todas obtidas do mel que as abelhas consomem para sua produção. Sua densidade é de 0,96 a 0,97, com ponto de fusão de 60º a 65ºC.
A coloração é variável, do branco ao amarelo, pela contaminação do pólen encontrado no mel, além de partículas de própolis.
Para produzir um quilo de cera, as abelhas necessitam consumir aproximadamente 7 quilos de mel e a média de produção de cera é de 2% da produção normal de mel.
Essa cera tem aplicação na indústria, como impermeabilizante, fabricação de velas, produção de cosméticos e na farmacopéia em geral.
Para o apicultor é mais conveniente produzir mel, ficando a cera como consequência do mesmo.
No mercado, a cera tem bons preços e venda garantida.